quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Narizinho
Numa casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo, mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:
– Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto...
Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas – Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos.
Na casa ainda existem duas pessoas – Tia Nastácia, negra de estimação que
carregou Lúcia em pequena, e Emília, uma boneca de pano desajeitada de corpo. Emília
foi feita por tia Nastácia, com olhos de retrós preto e sobrancelhas tão lá em cima que é
ver uma bruxa. Apesar disso Narizinho gosta muito dela.
Além da boneca, o outro encanto da menina é o ribeirão que passa pelos fundos do pomar. [...]
Todas as tardes Lúcia toma a boneca e vai passear à beira d’água. [...] Nesse divertimento leva muitas horas, até que tia Nastácia apareça no portão e grite:
– Narizinho, vovó está chamando!...

(LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. 14. reimpr. São Paulo: Brasiliense, 2003. p. 7.)

01. No fragmento “Apesar disso Narizinho gosta muito dela”, a palavra sublinhada se
refere a:

(A) Dona Benta.
(B) Emília.
(C) Lúcia.
(D) Tia Nastácia.

02. Para introduzir a fala da Tia Nastácia, o narrador utilizou:
(A) ponto de exclamação.
(B) travessão.
(C) reticências.
(D) vírgula.

03. No trecho lido, o personagem que mereceu o maior destaque foi:
(A) Dona Benta.
(B) Emília.
(C) Narizinho.
(D) Tia Nastácia.

04. Ao ver Dona Benta, as pessoas que passam estão imaginando que a velhice é:
(A) felicidade e preocupação.
(B) pobreza e fragilidade.
(C) solidão e abandono.
(D) participação e solidariedade.





A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
andrade, Carlos Drummond de. A incapacidade de ser verdadeiro. In ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Deixa que eu conto. São Paulo: Ática, 2003. Literatura em minha casa, v. 2, p.44.

01. Quando Paulo chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas, a mãe:

(A) colocou-o de castigo.
(B) deixou-o sem sobremesa.
(C) levou-o ao médico.
(D) proibiu-o de jogar futebol.

02. A mãe de Paulo ficou preocupada com o filho porque ele:

(A) machucou-se no pátio da escola.
(B) contava histórias criativas.
(C) desistiu de jogar futebol.
(D) queixou-se do médico.

03. A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se à

(A) fábula dos dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
(B) história do pedaço de lua, cheio de queijo no pátio da escola.
(C) passagem das borboletas pela chácara formando um tapete voador.
(D) imaginação do menino ao criar suas histórias fantasiosas.

04. O parecer do médico “Este menino é mesmo um caso de poesia”, sugere que Paulo

(A) agia dessa forma pelo excesso de castigo.
(B) brincava com coisas verdadeiras.
(C) era um menino imaginativo e criativo.
(D) estava precisando do carinho familiar.

05. Dona Coló castigava o filho porque acreditava que ele estivesse

(A) brincando.
(B) sonhando.
(C) mentindo.
(D) teimando.

06. O texto sugere que:

(A) mentira e teimosia andam juntos.
(B) mentira e fantasia são sinônimos.
(C) mentira e sonho parecem brincadeiras.
(D) mentira e imaginação são diferentes.

A LUA NO CINEMA
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
Amanheça, por favor!
LEMINSKI, Paulo. A lua no cinema. In: AGUIAR, Vera (Coord.).
Poesia fora da estante. Porto Alegre: Projeto, 2002. v. 2, p. 77

01. De acordo com o poema “A lua no cinema”, a estrela:

(A) era pequena e solitária.
(B) parecia grande na janela.
(C) tinha um namorado apaixonado.
(D) viveu uma bela história de amor.

02. O último verso “– Amanheça, por favor!” sugere que a lua:

(A) achou o filme da estrela que tinha namorado engraçado.
(B) acreditava que a estrela era pequena e sem graça.
(C) desejava esquecer a história da estrela solitária.
(D) gostava mais do dia do que da noite.

03. O texto ”A lua no cinema” é um poema por usar
(A) orações.
(B) períodos.
(C) parágrafos.
(D) versos.

04. Da leitura do poema percebe-se que a estrela

(A) era um astro insignificante.
(B) era uma artista engraçada.
(C) tinha inveja da lua.
(D) tinha uma história feliz.

05. O poema trata

(A) da solidão.
(B) da tristeza.
(C) da amizade.
(D) do ciúme.


A Galinha e os Ovos de Ouro

Um camponês e sua esposa possuíam uma galinha, que todo dia sem falta, botava um ovo de ouro.

Supondo que dentro dela deveria haver uma grande quantidade de ouro, eles então a sacrificam, para enfim pegar tudo de uma só vez.

Então, para surpresa dos dois, viram que a ave, em nada era diferente das outras galinhas.

Assim, o casal de tolos, desejando enriquecer de uma só vez, acaba por perder o ganho diário que já tinham assegurado.
Autor: Esopo
Questões Sobre a Fábula
1. Que tipo de benefício proporcionava a Galinha todos os dias para seus donos?
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2. Por que os camponeses resolveram sacrificar a Galinha? Eles lucraram com isso?
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3. Você é capaz de dizer qual o sentimento que motivou os camponeses a sacrificarem o animal?
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4. Descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula.
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5. Identifique o Sujeito e o Predicado das frases:

a) Um camponês e sua esposa possuíam uma galinha.
S:______________________ P:_______________________________________
b) O casal de tolos desejava enriquecer de uma só vez.
S:______________________ P:_______________________________________
c) A ave, em nada era diferente das outras galinhas.
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d) Os ovos de ouro valiam muito dinheiro.
S:______________________ P:_______________________________________

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