quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A casa feita de sonho

Leve como uma pluma, alta como uma torre, quente como um ninho e doce como o mel.
Assim imaginei desde pequeno a minha casa...
Mais tarde, quando me encontrei só no mundo, como não tinha dinheiro, resolvi construí-la com as próprias mãos. Fiz primeiro a minha casa de papel, que é um material barato.
E assim que ficou pronta, vieram todos os ventos da Terra e levaram a minha casa de papel, leve como uma pluma...
Fiquei sem casa, mas não desisti. E fiz a Minha casa à beira-mar, com areia da praia, que é um material barato. Mal estava pronta, vieram todas as marés do mundo e levaram a minha casa de areia, alta como uma torre... Tive vontade de desistir, mas eu precisava de uma casa, e, sobretudo não podia abandonar o meu sonho. E resolvi fazer a minha casa de madeira, que é um material barato. Cortei-a dos bosques, com as próprias mãos! Ficou linda!... Escondida entre a folhagem... Mas ainda mal a tinha acabado, vieram todos os fogos do céu e queimaram a minha casa de madeira, quente como um ninho... Chorei sobre as cinzas, como se chora uma pessoa querida que morreu. Mas, mesmo assim, não desisti. E resolvi fazer a minha casa de açúcar... Mas o açúcar não é um material barato! Não é. Mas eu precisava de uma casa, e sobretudo não podia abandonar o meu sonho... Trabalhei, lutei, passei fome, para juntar o açúcar suficiente...
E quando a minha casa estava pronta – eram de açúcar as paredes, o chão, o teto, os móveis, as portas e as janelas - vieram todos os bichos da Terra e devoraram a minha casa de açúcar, doce como o mel... Fiquei sem casa. E desisti de construí-la com as próprias mãos...
Perguntaram-me onde moro... Onde moro eu? Sei lá!... Vou pelo mundo, aqui, além, no Bosque, à beira-mar... Perguntam-me se não tenho casa... Tenho, sim! Eu podia lá abandonar o meu sonho!... Resolvi imaginá-la. Num lugar aonde não chega o vento, nem o mar, nem o fogo, nem os bichos da Terra.
Fiz a minha casa com o meu próprio sonho. Ficou linda! Leve como uma pluma, alta como uma torre,
Quente como um ninho e doce como o mel...


Trabalhando o texto:
01- Do que fala o texto?
02- Qual a moral da história?
03- De quais materiais foram construída a casa?
04- Quantos parágrafos têm o texto?
05- Quem você acha que é o(a) personagem?
06- Você também tem um sonho? Qual?
07- Como é a sua casa, ela é feita de que?
08- Retire do texto 5 adjetivos (qualidades).
09- Conjugue o verbo, repetindo a frase inteira:


Eu construí a casa
Tu_____________________
Ele_____________________
Nós____________________
Vós____________________
Eles____________________
Eu estava só no mundo
Tu_____________________
Ele_____________________
Nós____________________
Vós____________________
Eles____________________



10- Complete e forme uma poesia:

Pesada como _________________
Salgada como ________________
Linda como __________________
Clara como __________________
Azeda como _________________
Pequena como _______________
Amável como ________________
Pequena como _______________








OS QUE FAZEM A DIFERENÇA!

Conta-se que após um feriado prolongado, o professor entrou na sala da Universidade para dar sua aula, mas os alunos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Depois de tentar,educadamente, por várias vezes, conseguir a atenção dos alunos para a aula, o professor perdeu a paciência e disse: “Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez”. Um silêncio carregado de culpa se instalou na sala e o professor continuou. ”Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos, descobri que nós professores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que, de cada cem alunos apenas cinco fazem realmente alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.

O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que, de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença. De cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; de 100 conhecidos, quando muito, 5 são verdadeiros amigos e de absoluta confiança. E podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.

É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora. Assim, então, teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo, sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.

Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”. O silêncio se instalou na sala e o nível de atenção foi total. Afinal, nenhum dos alunos desejava fazer parte do “resto”, e sim, do grupo daqueles que realmente fazem a diferença. Mas, como bem lembrou o sábio professor, só o tempo dirá a que grupo cada um pertencerá. Só a atuação diária de cada pessoa a classificará, de fato, num ou noutro grupo.
Pense nisso! Se você deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferença, procure ser especial em tudo o que faz. Desde um simples bilhete que escreve até as coisas mais importantes, faça com excelência. Seja fazendo uma faxina, atendendo um cliente, cuidando de uma criança ou de um idoso, limpando um jardim ou fazendo uma cirurgia, seja especial. Para ser alguém que faz a diferença, não importa o que você faz, mas como faz. Ou você faz tudo da melhor forma possível, ou fará parte do “resto”.

Pense nisso e seja alguém que faz a diferença… Alguém que com sua ação torna a vida das pessoas melhores.


Trabalhando o texto:
01- Do que fala o texto?
02- Qual a moral da história?
03- O que você acha que faz de melhor na sua vida?
04- Qual a idéia que o professor teve para seus alunos?
05- Você concorda com a idéia do professor? Por quê?
06- O que um aluno precisa fazer para ser do grupo dos que fazem a diferença? Dê 3 exemplos.
07- Quais as profissões que foram citadas no texto?
08- Troque as palavras por sinônimos e escreva novamente a frase:
a) Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos
b) O que for fazer, faça com excelência.
c) Você deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferença
09- Retire 2 verbos e conjugue-os.






A CANOA – AUTOR PAULO FREIRE
Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro.
Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:
- Companheiro, você entende de leis?
-Não, respondeu o barqueiro.
E o advogado, compadecido: – É uma pena, você perdeu metade da vida.
-A professora, muito social, entra na conversa:
-Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
-Também não, respondeu o barqueiro.
-Que pena! Você perdeu metade de sua vida!
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O barqueiro, preocupado, pergunta :
-Vocês sabem nadar?
-Não!!!! Responderam o advogado e a professora, rapidamente.
-Então…disse o barqueiro…é uma pena – VOCÊS PERDERAM TODA A VIDA !!!!!
MORAL DA HISTÓRIA:
” NÃO HÁ SABER MAIOR OU MENOR, HÁ SABERES DIFERENTES”.
- Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha contato -
CADA UMA DELAS TEM ALGO DE DIFERENTE A NOS ENSINAR.


Trabalhando o texto:
01- Do que fala o texto?
02- Qual a moral da história?
03- Quem são os personagens da história?
04- Na sua opinião, qual deles tem a profissão mais importante? Por quê?
05- O que fez com que o barco virasse?
06- Em “-Não!!!!...” Por que o autor do texto colocou tantos pontos de exclamação?
07- Para que foram utilizados os diversos hífens no texto?
08- Complete com MAS ou MAIS:
a) O advogado é quem fala _____________.
b) A professora sabe ler, ________ não sabia nadar.
c) O barqueiro deveria levar ________ gente no seu barco.
d) O barqueiro não sabia de leis ________ sabia nadar!
e) O texto é pequeno, ______ muito interessante!

09- Complete de acordo com o exemplo:

a) Rápido: rapidamente
b) Devagar:____________
c) Lento: ______________
d) Fácil: _______________
e) Lindo: ______________
f) Acelerado: ___________


• Matemática.

01 – Para atravessar o rio, o barqueiro cobra R$ 3,50 de cada pessoa que ele leva. Se foram ele, a professora e o advogado, quanto ele recebeu?

02 – Se o barqueiro tivesse 56 anos, quanto é a metade da vida dele?

03- Somando a idade da professora, do advogado e do barqueiro o resultado dá 150 anos.
Sabendo que o barqueiro tem 56 anos, a professora tem a metade da idade dele.
Quantos anos tem cada um?


PROVA DE REDAÇÃO
Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a
seguinte pergunta: Você tem experiência?
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos.
Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso por sua criatividade, sua
poesia e, acima de tudo, por sua alma revelar a verdadeira experiência.
REDAÇÃO VENCEDORA:
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra
fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já subi escondido no telhado pra
tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas Sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um ‘para sempre’ pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: ‘Qual sua experiência?’.
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência. Será que ser ‘plantador de sorrisos’ é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
‘Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?’

Trabalhando o texto:
01- Do que fala o texto?
02- Qual a moral da história?
03- Retire do texto um momento feliz e um momento triste do candidato.
04- O candidato é mulher ou homem? Retire no texto a frase que comprova.
05- O que ele quis dizer com a frase : “vi a Lua virar Sol”?
06- Retire uma frase interrogativa e outra exclamativa do texto.
07- Complete com a palavra no parêntese:
a) Já mandei você ________ de chorar. (para/parar)
b) Comprei essas flores _______ você. (para/parar)
c) Vê se você não ________ do nosso encontro (esquece/esquecer)
d) Não gosto de _________ minha chave de casa.
e) Eu te _______. (amo/amor).
f) O _________é um sentimento lindo!
g) É bom _________para lavar a alma. (chora/chorar)
h) Ela ________ de emoção. (chora/chorar)
i) Quem não gosta de ________ dinheiro no chão? (encontrar/encontra)
j) Ela se __________com ele atrás da igreja!





O GALO
AUTOR: Rubem Alves

Era uma vez um galo que acordava bem cedo todas as manhãs e dizia para a bicharada do galinheiro:
_ Vou cantar para fazer o sol nascer...
Ato contínuo subia até o alto do telhado, estufava o peito, olhava para o horizonte e ordenava, definitivo:
_ Co-co-ri-có...E ficava esperando.
Dali a pouco a bola vermelha começava a aparecer até que se mostrava toda, acima das montanhas, iluminando tudo.
O galo se voltava, orgulhoso, para os bichos, e dizia: - Eu não disse?
E todos ficavam boquiabertos e respeitosos ante poder tão extraordinário conferido ao galo: cantar pra fazer o sol nascer. Ninguém ousava duvidar, porque tinha sido sempre assim. Também o galo pai cantava pra fazer o sol nascer, e também o galo avô...
Aconteceu, entretanto, que o galo certo dia perdeu a hora (fora dormir muito tarde), e quando acordou o sol já estava lá, brilhando no meio do céu, sem necessidade de canto de galo algum que o fizesse nascer. E desde este dia em diante o galo foi acometido de uma incurável tristeza, por saber que o sol não nascia pelo encanto do seu canto, e os bichos foram acometidos de uma maravilhosa alegria por saberem que não precisavam mais do galo pra haver outro dia...

O GALO
AUTOR: Rubem Alves

Era uma vez um galo que acordava bem cedo todas as manhãs e dizia para a bicharada do galinheiro:
_ Vou cantar para fazer o sol nascer...
Ato contínuo subia até o alto do telhado, estufava o peito, olhava para o horizonte e ordenava, definitivo:
_ Co-co-ri-có...E ficava esperando.
Dali a pouco a bola vermelha começava a aparecer até que se mostrava toda, acima das montanhas, iluminando tudo.
O galo se voltava, orgulhoso, para os bichos, e dizia: - Eu não disse?
E todos ficavam boquiabertos e respeitosos ante poder tão extraordinário conferido ao galo: cantar pra fazer o sol nascer. Ninguém ousava duvidar, porque tinha sido sempre assim. Também o galo pai cantava pra fazer o sol nascer, e também o galo avô...
Aconteceu, entretanto, que o galo certo dia perdeu a hora (fora dormir muito tarde), e quando acordou o sol já estava lá, brilhando no meio do céu, sem necessidade de canto de galo algum que o fizesse nascer. E desde este dia em diante o galo foi acometido de uma incurável tristeza, por saber que o sol não nascia pelo encanto do seu canto, e os bichos foram acometidos de uma maravilhosa alegria por saberem que não precisavam mais do galo pra haver outro dia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário